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25.7.06

Como já deve ter sido evidente, tenho andado a ler O Profeta. Resumindo a estrutura do livro, trata-se de um profeta que vai falando de diversos assuntos, que constituem digamos, os vários capítulos do livro: o amor, as crianças, o casamento, as roupas, as casas, o bem e o mal, a liberdade, etc. Um dos assuntos sobre o qual mais gostei de ler as reflexões foi a Dor.

Assim como o caroço da fruta tem de fender-se para que o seu coração fique exposto ao sol, também vós deveis conhecer a dor.

É a poção amarga com a qual o médico dentro de vós cura o vosso interior doente.
Por isso confiai no médico e bebei o seu remédio em silêncio e tranquilidade:
pois a sua mão, embora dura e pesada, é guiada pela mão terna do Invisível,

E o cálice que ele vos dá, embora possa queimar os vossos lábios, foi feito com o gesso que o Oleiro humedeceu com as Suas lágrimas sagradas.

20.7.06

Quanto mais fundo a tristeza entrar no vosso ser, maior é a alegria que podereis conter.

Quando esteverdes alegres, olhai bem dentro do vosso coração e descobrireis que só aquele que vos deu tristezas vos dá também alegrias.

Quando estiverdes tristes, olhai novamente para dentro do vosso coração e vereis que na verdade estais a chorar por aquilo que foi a vossa alegria.

A alegria e a tristeza são inseparáveis.

Juntas vêm e, quando uma se senta junto de vós lembrai-vos que a outra está a dormir na vossa cama.


O Profeta, Khalil Gibran

14.7.06

"Você não se sabe vender"....foi isto que me disseram hoje....tipo "você é simpática, e quando se começa a conhecê-la melhor, isso favorece-a...mas não se sabe vender bem"

Ou seja, por palavras minhas, não me dou logo a conhecer pelo que as pessoas podem ter uma primeira impressão em relação a mim, diferente da que poderão desenvolver posteriormente noutro tipo de situação em que ajo/sou de forma diferente daquela que pensavam. Foi o caso da senhora que me disse essa frase.
E depois de me conhecer um pouco melhor descobriu então que o que se passa é que "não me sei vender".Ou seja, está tudo bem comigo, excepto essa parte. Pois é, não me sei vender...uma frase sobre a qual muito se poderá reflectir...deve querer dizer que não me esforço para me dar a conhecer, para provar que tenho capacidades, deve ser isso...
Se é...acho que é verdade.

Da experiência das últimas semanas há uma parte que gostei bastante, outra que não gostei. Em tudo há lados bons e maus, eu sei. E mais do que ela, ficaram a conhecer bem melhor as minhas capacidades as pessoas com quem eu contactei. E o que me interessa é que elas tenham gostado de mim, paciência se à senhora não consegui mostrar. Essa parte boa vou lembrar-me e ter pena de não poder experimentar mais, conhecer mais lugares e pessoas interessantes, conversar com elas. Agora a parte má...foi-me realmente difícil de fazer.Não tenho jeito pronto...jeito, experiência, confiança...talvez um misto da falta de todas essas. E simplesmente não gosto de pedir às pessoas o que quer que seja. Nunca me senti à vontade a fazê-lo, embora reconheça que tornando-se hábito, vai começando a sair melhor. Mas não gostei nem gosto de fazer esse papel.

Não me arrependo de ter experimentado, conhecido, aprendido. Nestas semanas conheci gente boa, gente que tenho pena de não voltar a ver e gente que não me deixou ir embora sem me oferecer algo. Conheci lugares que desconhecia por completo, e se no(s) primeiro(s) dia foi uma aventura que iniciei sentindo-me bastante perdida...agora já estava a sentir-me bem mais segura e capaz. Espero que esta pequena experiência tenha contribuido para que perceba o que gosto mais, o tipo de trilho que me é mais favorável. É provável que seja um em que não seja importante eu "ter que me vender"...se existir algum.

12.7.06

Não sei se é preguiça, se é receio, se é apenas por falta de hábito.
Porque é que falar com as pessoas ao telefone me deixa a transpirar? Será receio da reacção delas, da sua boa-vontade, da sua simpatia, compreensão e disponibilidade? Talvez...afinal isto de ter de contactar com pessoas desconhecidas ainda é novo para mim...O que é certo é que depois de horas a adiar, a pensar qual seria a melhor hora, e a pensar que tinha de lhes telefonar e a quem, acabei de fazê-lo e o resultado foi que acabei de falar com 3 pessoas simpáticas, disponíveis para falarem comigo, mesmo com as suas ocupações a deixarem-lhes pouco tempo de escolha. E assim, saíu-me um peso de cima.
Será que se torna mais fácil com o tempo, com o hábito?
É certo que nem todas as pessoas são assim, mas isso eu sei....tenho que me habituar também a estar preparada para isso. A experiência vai-se ganhando.
Este desafio é maior para quem sempre lhe custou um bocadinho falar com as pessoas. Timidez sim, falta de confiança sim. Mas fico à vontade e a sentir-me bem depois de conversar com pessoas simpáticas.
E com as menos simpáticas também hei-de ficar, não da mesma maneira, mas também hei-de ficar, cada vez mais. Afinal fazem parte do processo de aprendizagem.


...falar ao telemóvel faz-me doer a cabeça...não sei se é bem doer, mas que deixa uma sensação estranha e não muito agradável, isso deixa.

...lá se ouvem os bombeiros aqui por perto outra vez...

11.7.06

A filha de uma prima minha é linda, é amorosa.
Acolhe-me com um sorriso enorme, e eu ali com ar descontente e sem prestar atenção a ninguém. Foi só olhá-la com aquele sorriso lindo para mim, para modificar todo o meu dia e toda a minha completa disposição.
Só tem 4 anitos, e só a vejo uma vez por ano durante umas semanas enquanto cá estão de férias...mas a empatia entre nós já vem de tràs...é uma pequenina espertíssima e adorável.
Ah pequena linda Joana :), esse teu abracito é único.

10.7.06

Foi a propósito de uns rebuçados que estavam na prateleira do café...um senhor padre tinha o hábito de lhe dar um grande saco daqueles, sempre que lá ia...esse senhor padre que por acaso tinha falecido a semana passada...de cancro. Dizia-me ela que ele sabia que tinha pouco tempo de vida...e que isso lhe fazia muita confusão a ela, a forma como a pessoa convivia com o facto de saber que ia morrer dentro de pouco tempo. Depois contou casos de amigas que também faleceram da mesma doença cruel. E que a filha de 16 anos de uma dessas amigas encarou o facto como o fim do sofrimento da mãe...que isso lhe fazia então muita confusão...encarar-se as coisas dessa forma, estando-se a perder uma mãe, uma esposa...

E eu não compreendo como lhe faz confusão. Não sei bem. "Fazer confusão" é não compreender? É achar difícil demais pra ser verdade?
É sim uma situação difícil demais de enfrentar, e é difícil demais pra poder ser encarado de outra forma, que não essa mesma...de aceitação, de amor, de desejar o fim do sofrimento. Um sofrimento atroz, um pesadelo em vida e não em sonhos...ver sofrer quem nós amamos. Um sofrimento que se torna na realidade em que vivemos e que só desejamos que termine, porque não há outra forma de terminar senão com a morte de quem amamos. A morte no sentido da ausência física, nunca a espiritual. A passagem para junto do descanso do Pai. É extremo desejar-se a morte de quem mais amamos, tal é extremo o sofrimento que nos invade. E só com o fim do sofrimento vem um alívio, apesar da dor enorme da perda física. Contudo a presença em espírito, a presença na alma, a presença em todos os sentidos excepto fisicamente, essa aumenta. Aumenta na esperança, na fé e na crença de que tudo está bem no Pai.
Sem essa certeza, não sei como seria enfrentar a mesma situação. Certamente muito mais difícil ainda.

Não lhe disse como conheço bem essa realidade difícil. Ia certamente continuar a fazer-lhe confusão.
E a mim, lágrimas.

7.7.06

Os livros que comprei hoje na Feira do Livro:

Ao encontro do Sol - poemOrações, Lopes Morgado

Encontro - manual de oração, Ignácio Larrañaga

S.José e as suas graças, A.M.Weigl

Imitação de Maria

O mundo nas tuas mãos, P. Januário dos Santos

Discursos do Papa João Paulo II em Portugal


Total: 6,50€

Acho que sim, que foi um bom negócio :)
Estava imóvel na beira da estrada, exposto mas discreto. Vi-o por pouco. Pequenino demais para andar por ali. Peguei nele e levei-o para um sítio menos perigoso. Tentei fazer-lhe um ninho e dei-lhe comida.
Quando durante o dia fui ver como estava e dar-lhe mais comida, por duas vezes tinha saído do ninho mas estava lá por perto. Sim, porque não o fechei...pensei em fazê-lo, podia ser melhor para ele...porque se fugisse as probabilidades de sobreviver sozinho podiam não ser muitas. Ele é mesmo ainda demasiado pequenino, precisa de mais dias de ninho. Mas não o fechei. Só durante a noite. Hoje de manhã fui vê-lo e continuava bem, lá no seu ninho. Mas não mostrou muito apetite.
Estou a contar que numas das próximas vezes que lá vá, ele já tenha posto patinhas ao caminho e não consiga dar mais com ele.

Mais novinho do que este...



PS: E fez-me lembrar uma história que havia num meu livro da primária.Que aprendi em forma de canção, e que era mais ou menos assim:

Era um passarinho
Queria voar
E lá no seu ninho
Estava a pensar

Tinha tanto medo
Que olhando pro chão
Batia ligeiro
O seu coração

E sol gritou tens de voar
É o teu destino Toca a saltar
E o passarinho esvoaçou
Caiu no chão e não chorou

Mas de repente, sem hesitar
Olhou o sol pos-se a voar.
Estava no mundo, tinha de ser
Perdeu o medo e foi viver.

4.7.06

Às vezes apetece-me escrever, mas nem sei o quê.

Às vezes, como agora, apetece-me escrever outras coisas, que não aquelas que TENHO forçosamente de escrever nas próximas horitas, por obrigação.

Por isso, isto foi só pra satisfazer um bocadinho da vontade.

2.7.06

O fim de semana são os 2 dias mais rápidos de todos. Pois é, depois de uma semana diferente do habitual, que saberia muito bem não fosse a responsabilidade que acarretava e especialmente a existência de uma parte mais desanimadora do trabalho, o fim de semana soube a muito pouco. Assim a semana foi...cheia de pressão. Isto de ter de fazer-me de jornalista e ao mesmo tempo de contactar com pessoas para lhes pedir patrocínios, não bate bem. Não gosto dessa segunda parte. Não gosto de pedir...seja o que for. Mas gostei muito da parte da liberdade: de conduzir, conhecer novos locais onde nunca tinha ido nem sequer tinha ouvido falar.
Mas o tempo foi um problema, sempre a correr...acabar o trabalho fora da hora do horário normal. Não foi fácil. E não sei o que vem a seguir, mas até tenho receio...
Sim, tenho de enfrentar tudo como um desafio....sim, não tenho que me preocupar, estou à vontade, não há problema nenhum...sim, sou capaz. Mas o facto de ser tudo novo, o facto de fazer coisas de grande responsabilidade pela primeira vez, o facto de pensar que a seguir me podem pôr a fazer coisas ainda mais, mais...exigentes...deixa-me assim um bocado preocupada...

Conheci boas pessoas esta semana, pessoas que gostei de ter conhecido.
Seja como for, guardarei esta experiência.
Não há que ter medo, mas cá dentro há um bichinho a roer.
Todos os dias Jesus me deu a mão quando me levantei da cama para começar um novo dia, e todos os dias continuará.

O resultado da semana ter sido desgastante e bastante ocupada foi que hoje, domingo, é que tive de arrumar e fazer coisas que antes não tive tempo (nem vontade). Mas hoje tive, e por isso não me custaram nada a fazer, pelo contrário, senti-me muito bem. Já tinha saudades de passar tempo em casa.
O que não me apeteceu foi ir visitar uns familiares que devia ter ido ver... assim, fiquei a passear pelo campo, os cães adoráveis a correr...sentei-me na erva encostada a um esteio, naquele local que neste momento se mostra acolhedor com a ramada de uvas por cima e as macieiras e a nogueira em frente...os cães adoráveis deitados a meu lado. Que bom que se sente. Ficaria assim durante horas na tranquilidade do verde, dos adoráveis e da família. Por isso passaram depressa demais estes dois dias...desejo que os próximos venham depressa.



P.S: Há um coelho à solta no eirado. Bem, parece que agora até andam dois.
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