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31.3.07

Março, até depois...
Em ti muitas coisas bonitas ocorrem...as árvores deixam o descanso e voltam a despertar, a natureza volta a cobrir-se de verde. Contudo, tudo tem a sua beleza. E em ti existem as duas faces...o Inverno, do frio, da chuva, dos ramos despidos, transparentes, sofridos...e a Primavera, da mudança suave, dos raios tímidos mas calorosos, do renascer. Da continuação que faz sentido.
Março, consigo rever-me em ti.
Como se não bastasse darem-se estes fenómenos bonitos, resolveram assinalar nos teus dias outras coisas belas: as árvores, a água, a poesia.
E ainda...nove meses antes do Natal, é celebrada a anunciação do anjo Gabriel. Em Nazaré, na Galileia, um jovem casal - José e Maria - foi escolhido para trazer Jesus à vida terrena, para o ver nascer, crescer e o criar. Nos teus dias celebra-se assim o momento em que foi anunciada a vinda de Jesus e em que se iniciou a sua incarnação divina no ventre de Maria, uma de nós.
Março, passas de forma tímida, despercebida, mas és lindo...até depois...


P.S: Março, esta de certeza que não sabias. Não leves a mal, sai um pouco fora do contexto...mas decretaram uma lei...
15 de Março de 1751 - É proibido colocar cornos nas portas das casas dos maridos enganados.

28.3.07

Porque é que um mesmo eu tem tantos eus diferentes que no mais profundo acabam por ser só um?
Que complicação.
Que complicação na alternância de estados. Há vezes em que o sol brilha -sem queimar-, está tudo equilibrado dentro do ser. Há força pra levantar de manhã e começar energicamente um novo dia (mesmo que se tenha deitado tarde), com toda a vontade e confiança para fazer desse dia um dia feliz. Vezes em que se sente que se consegue tudo, que viver é bom, em que se dá graças pelo que se tem e em que não há receio de nada, porque se sabe que está tudo bem e que tudo vai acabar bem de qualquer maneira. Nada é demasiado importante para nos preocupar. Em harmonia com tudo e com todos, com a capacidade de sentir um amor fraterno por todas as pessoas e de sorrir apenas pelo efeito da beleza de uma flor.
Noutros dias, tudo é diferente.
O sol, lá fora, até pode brilhar...mas está tudo fora de nós. Que sentido faz passar o dia a trabalhar? Apetece somente dormir um sono imenso, e pesadelo é ter que levantar. Um imenso estado de letargia e sensibilidade. Está tudo indefinido em redor, e alguma agonia, angústia, nostalgia, melancolia tomam o ser de assalto, provocando uma retracção da qual não se quer sair. Só fugir, esconder.Fechar. Os olhos e a alma pesados. Não há confiança, sente-se uma incapacidade pra fazer da nossa vida, vida, e só dá pra ficar à deriva. Com medo. E neste estado, as pessoas à volta vão sofrer de uma maneira ou de outra. E ainda sofremos mais por fazê-las sofrer.
E às vezes basta tão pouco para transformar um estado, noutro.
Uma palavra, um gesto, um sorriso? Um abrir e deixar as retracções de fora, ser autêntico, deixar de ter medo de mostrar, de aproximar? Mas não poderá isso mesmo também ser o desencadeador de um estado difícil para quem se dá? Não será um ciclo? Valerá a pena arriscar?

Quase há um ano atrás, tinha começado o dia cheia de força, a sair prá rua de sorriso no rosto e vontade de dizer bom dia a toda a gente. A notícia má e surpreendente chegou-me ainda na rua, como resposta ao meu bom dia sorridente. E logo ali, o equilíbrio abala-se, a complexidade do estado de alma aumenta, e nem se sabe bem como se sente. Mas, visto agora de longe, ter começado o dia com essa atitude, penso ter-me ajudado a encarar a situação. Não seria Alguém a querer dizer-me que esse "ficar forte" tem de ser manter em qualquer situação, por mais assustadora que possa ser para um frágil humano? Essa serenidade que vem dEle e que devia ser contínua.

Os sentimentos são uma coisa muito própria, pessoais e intransmissíveis. Não existe um espelho capaz de os reflectir como são sentidos. As pessoas são todas diferentes, e este cenário de estados de alma, de sentimentos...não afecta todos de igual modo. As maneiras de sentir são diferentes, como diferentes são as formas de sentir da parte masculina e feminina. Bom era se eu conseguisse em alguns sentires, em algumas formas de encarar as coisas, ser mais semelhante ao protótipo masculino. O inverso também seria favorável. Mas nesse caso seríamos seres perfeitos.

25.3.07

A intenção talvez fosse muito diferente, a verdade é que cada vez digo menos daquilo que podia ter a dizer.
Cada vez fica mais guardado o que outros pensam ser suposto eu dizer, se o sei.
E eu sei, umas coisas sim, outras não...mas as que sei, sei-as...só não sei se vale a pena dizê-las.
O difícil é saber o que vale e o que não vale.
Algumas não vale...por isso, apenas as sei. Sem que ninguém saiba.



...Silêncio.
A vida torna-se mais optimista ao ver as famílias entrarem unidas pela Igreja, para participarem na Missa. O pai e a mãe, e os filhotes, todos juntos.
Também foi assim comigo no papel de filhota. Um dia também gostava que fosse assim no outro papel. :)
Em louvor de Deus. :)

24.3.07

Sinceramente...o Quaresma e os seus pés mereciam ser editados em banda desenhada.

17.3.07




14.3.07

Ele deu-lhe o apoio do seu braço, auxiliando-a a andar ao levantar-se da cadeira e tentar com esforço movimentar-se com as muletas. Deu-lhe o apoio do seu braço enquanto olhava para ela com um sorriso terno.
Minutos antes a cara dele demonstrava certa tristeza e preocupação. Ela tinha tido uma hemorragia inexplicável. É certo que não é fácil estar-se num hospital com outra cara, a não ser que se seja médico, enfermeiro ou pessoal de limpeza.
Ela faz um esforço enorme para andar, consegue fazer muito pouco em casa. Ele trabalha sozinho, todos os dias de manhã e à noite tira o leite ao gado. Sem ajuda. Não têm filhos.
Levam a sua cruz. Mas ele, com o seu olhar e sorriso terno, e a sua maneira de ser, é um homem lindo de 60 anos.
E ela, no meio dos seus sofrimentos, é uma sortuda por tê-lo a seu lado.
Raridades.

13.3.07

Vive, dizes, no presente;
Vive só no presente.

Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.

O que é o presente?
É uma cousa relativa ao passado e ao futuro.
É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.
Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.

Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas como cousas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.

Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.

Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.

Fernando Pessoa

11.3.07

Afastar-me das pessoas faz-me aproximar de Deus.
Será isto contrasenso?



P: "-Amas-me Senhor?"
R: (imagem das águas de um rio a correr)

Senhor, dá-me capacidade de compreender as tuas respostas e tudo o que me dizes.




Obrigada Senhor, pelas montanhas. Nelas sinto-me mesmo perto de Ti.

9.3.07

5.3.07

"...eterna fuga".
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