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7.7.06

Estava imóvel na beira da estrada, exposto mas discreto. Vi-o por pouco. Pequenino demais para andar por ali. Peguei nele e levei-o para um sítio menos perigoso. Tentei fazer-lhe um ninho e dei-lhe comida.
Quando durante o dia fui ver como estava e dar-lhe mais comida, por duas vezes tinha saído do ninho mas estava lá por perto. Sim, porque não o fechei...pensei em fazê-lo, podia ser melhor para ele...porque se fugisse as probabilidades de sobreviver sozinho podiam não ser muitas. Ele é mesmo ainda demasiado pequenino, precisa de mais dias de ninho. Mas não o fechei. Só durante a noite. Hoje de manhã fui vê-lo e continuava bem, lá no seu ninho. Mas não mostrou muito apetite.
Estou a contar que numas das próximas vezes que lá vá, ele já tenha posto patinhas ao caminho e não consiga dar mais com ele.

Mais novinho do que este...



PS: E fez-me lembrar uma história que havia num meu livro da primária.Que aprendi em forma de canção, e que era mais ou menos assim:

Era um passarinho
Queria voar
E lá no seu ninho
Estava a pensar

Tinha tanto medo
Que olhando pro chão
Batia ligeiro
O seu coração

E sol gritou tens de voar
É o teu destino Toca a saltar
E o passarinho esvoaçou
Caiu no chão e não chorou

Mas de repente, sem hesitar
Olhou o sol pos-se a voar.
Estava no mundo, tinha de ser
Perdeu o medo e foi viver.
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