Foi a propósito de uns rebuçados que estavam na prateleira do café...um senhor padre tinha o hábito de lhe dar um grande saco daqueles, sempre que lá ia...esse senhor padre que por acaso tinha falecido a semana passada...de cancro. Dizia-me ela que ele sabia que tinha pouco tempo de vida...e que isso lhe fazia muita confusão a ela, a forma como a pessoa convivia com o facto de saber que ia morrer dentro de pouco tempo. Depois contou casos de amigas que também faleceram da mesma doença cruel. E que a filha de 16 anos de uma dessas amigas encarou o facto como o fim do sofrimento da mãe...que isso lhe fazia então muita confusão...encarar-se as coisas dessa forma, estando-se a perder uma mãe, uma esposa...
E eu não compreendo como lhe faz confusão. Não sei bem. "Fazer confusão" é não compreender? É achar difícil demais pra ser verdade?
É sim uma situação difícil demais de enfrentar, e é difícil demais pra poder ser encarado de outra forma, que não essa mesma...de aceitação, de amor, de desejar o fim do sofrimento. Um sofrimento atroz, um pesadelo em vida e não em sonhos...ver sofrer quem nós amamos. Um sofrimento que se torna na realidade em que vivemos e que só desejamos que termine, porque não há outra forma de terminar senão com a morte de quem amamos. A morte no sentido da ausência física, nunca a espiritual. A passagem para junto do descanso do Pai. É extremo desejar-se a morte de quem mais amamos, tal é extremo o sofrimento que nos invade. E só com o fim do sofrimento vem um alívio, apesar da dor enorme da perda física. Contudo a presença em espírito, a presença na alma, a presença em todos os sentidos excepto fisicamente, essa aumenta. Aumenta na esperança, na fé e na crença de que tudo está bem no Pai.
Sem essa certeza, não sei como seria enfrentar a mesma situação. Certamente muito mais difícil ainda.
Não lhe disse como conheço bem essa realidade difícil. Ia certamente continuar a fazer-lhe confusão.
E a mim, lágrimas.
E eu não compreendo como lhe faz confusão. Não sei bem. "Fazer confusão" é não compreender? É achar difícil demais pra ser verdade?
É sim uma situação difícil demais de enfrentar, e é difícil demais pra poder ser encarado de outra forma, que não essa mesma...de aceitação, de amor, de desejar o fim do sofrimento. Um sofrimento atroz, um pesadelo em vida e não em sonhos...ver sofrer quem nós amamos. Um sofrimento que se torna na realidade em que vivemos e que só desejamos que termine, porque não há outra forma de terminar senão com a morte de quem amamos. A morte no sentido da ausência física, nunca a espiritual. A passagem para junto do descanso do Pai. É extremo desejar-se a morte de quem mais amamos, tal é extremo o sofrimento que nos invade. E só com o fim do sofrimento vem um alívio, apesar da dor enorme da perda física. Contudo a presença em espírito, a presença na alma, a presença em todos os sentidos excepto fisicamente, essa aumenta. Aumenta na esperança, na fé e na crença de que tudo está bem no Pai.
Sem essa certeza, não sei como seria enfrentar a mesma situação. Certamente muito mais difícil ainda.
Não lhe disse como conheço bem essa realidade difícil. Ia certamente continuar a fazer-lhe confusão.
E a mim, lágrimas.
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