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29.10.06

Visitei o seu blog ontem. Já lá não ia há 1 mês.
Já há dias que me tinha lembrado várias vezes em lá ir. Mas quando vinha à net, esquecia-me.
Haviam praí 3 posts novos. Um deles dizia "adeus pai".
Senti um calafrio. Senti-me culpada pela ausência.
Tinha acontecido há 4 dias atrás.
Tinha que lhe ligar. O que lhe dizer?
Não ia perguntar como é que ele estava. Sei que vai ficar melhor.
Queria apenas mandar-lhe um abraço grande. Já que não estava com ele pessoalmente.
O que lhe dizer? Como o dizer?
É difícil ser-se reservado...custar a falar. Afligia-me ir ao encontro dele por telefone.
Mas tinha de ser. Há momentos bem mais fortes que os medos e fragilidades que nos assaltam.
Tentei dizer o essencial, mas nesse essencial a voz tremeu-me.
Ele falou muito de futebol, mas não era assunto que me interessasse minimamente.
Há coisas bem mais importantes.
Hoje fui lá ao cemitério tentar saber onde ficou. Estava fechado a cadeado.
Olhei pelo portão principal, olhei sobre o muro. Olhei no outro portão do lado.
Havia ali mesmo ao pé deste, um amontoado de ramos de flores, sinal de que tinha sido depositado um corpo há pouco tempo.
Não sei dizer se era o que procurava ou não. Mas mais tarde saberei.


Para hoje fica "Cada vez mais aqui", dos Toranja

28.10.06

Vivo numa aldeia.
As aldeias aos poucos, ficam cada vez menos rurais. E ao mesmo tempo também mais desabitadas.
O centro da cidade fica a cerca de 13km. O centro de outras duas cidades vizinhas fica também a cerca de 13km. Estou portanto digamos, no centro do afastamento. (Estou bem...tenho estado)
O país não vai muito bem, mas este concelho também não.
Tiram-nos o futebol, tiram-nos a maternidade, tiram-nos as urgências, colocam portagens nas nossas vias, e os aviões de combate aos nossos incêndios vêm...de Espanha.

Ouvem-se queixas da baixa taxa de natalidade e fecham-se maternidades para se abrirem clínicas onde é permitido matar, ou abortar como lhe chamam.
Como se o sistema de saúde já não fosse suficientemente mau, fecham-se hospitais e serviços de urgência num país que prefere gastar dinheiro em novos estádios de futebol. Eu gosto de desporto, mas há coisas que provocam revolta.
Colocam-se portagens nas nossas vias de ligação aos grandes centros urbanos, enquanto se perdoam impostos às empresas que mais lucros apresentam -os bancos.
Abdica-se da prevenção aos incêndios porque parece haver projectos mais importantes onde investir, como seja um novo aeroporto.

Geralmente tenho mais a fazer do que queixar, mas às vezes parece que tudo funciona ao contrário nesta pátria (ou neste mundo) onde crescemos.
Só resta perguntar o que vai ser a seguir...
É que pode sempre piorar.
E quem mais o sente, são estas gentes dos arredores, de quem os tipos dos gabinetes em arranha-céus se esquecem que existem.

Com estas medidas está a aglomeração nos centros e despovoamento dos arredores...ao rubro.

24.10.06

Há dias ou semanas tive conhecimento e não queria esquecer-me do dia. Mas entretanto apareceram problemas com a internet e passou mesmo. Mas vai agora.

No passado dia 16, foi o Dia Mundial do Pão.
Pãozinho, alimento simples e saboroso (especialmente aquele que se faz em casa). Às vezes apetece-me fazer pão. Dá um certo trabalho, demora um certo tempo...deixar o fermento actuar...e depois um sai melhor do que outro...como todas as receitas.
Até nem tenho muito hábito de comer pão às refeições...(uns alimentos dão-me mais vontade do que outros), mas quando faço um pão quentinho...barrado com manteiga a derreter...hmm.
Aqui fica uma menção a esse dia, e a esse alimento simples.


Era suposto ter ficado mais alto...mas fica para a próxima.:)

7.10.06

Vinha a conduzir e disse-Te somente: "Entrego-Te as rédeas dos meus sentimentos." Guia-as, deixo-as totalmente em tuas mãos. Confio-tas. E assim seja.
De resto, só quero pensar em Ti.

2.10.06

Aqui no quintal, debaixo de uma macieira :)
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